"Seja a mudança que você deseja ver no mundo." - Mahatma Gandhi

domingo, 19 de junho de 2011

Relatório/Conclusão da Reunião do Clube Bilderberg 2011, por Daniel Estulin

"Este é com toda a certeza o post mais trabalhoso que alguma vez publiquei mas faço-o porque é também sem a menor dúvida o de melhor qualidade. Além disso, tenho também a certeza que irá abrir os olhos de muitas pessoas e que as fará compreender o funcionamento do mundo actual. É por tudo isso que o blog O Mundo Precisa de Mudar apresenta a tradução para português do Relatório de Daniel Estulin sobre a reunião Bilderberg 2011."


(O Hotel Suvretta House, em St. Moritz, Suiça, acolheu encatado o encontro da Conferência anual Bilderberg 2011, durante o fim-de-semana de quinta-feira 9 de junho ao domingo 12 de junho.)

Aqui está o relatório da reunião do Clube Bilderberg em português. De forma nenhuma o relatório está acabado. Existiram mais temas, como por exemplo o islamismo na Europa, a alternativa a Dominique Strauss-Kahn, a energia nuclear, mas por agora não temos informações, mas continuaremos a trabalhar para consegui-la.

No mundo das finanças internacionais movem-se aqueles que comandam os acontecimentos e aqueles que reagem perante os mesmo. Embora conheçamos mais estes últimos, que são mais numerosos e aparentemente são também mais influentes, o verdadeiro poder cai nas mãos dos primeiros. A ocupar o centro do sistema financeiro global está a oligarquia representada hoje pelo Clube Bilderberg.

A organização de Bilderberg é dinâmica, os seus membros vão e vêem, mas o mecanismo em si não muda. É um sistema que se perpétua a si mesmo, uma teia de aranha virtual de interesses financeiros, políticos, económicos e industriais entralaçados à volta dum núcleo, o chamado modelo da nobreza negra veneziana.

Bem, não se trata de uma sociedade secreta. Não há aqui um olho maléfico que vê tudo ou uma conspiração judaico-maçónica. Não há conspiração, por muito que as pessoas possam pensar nos seus pensamentos infantis. Não existe nenhum grupo de pessoas, por muito poderosas que sejam, que se senta à volta de uma mesa numa divisão escura, a dar as mãos, e a olhar fixamente para uma bola de cristal e que planeia o nosso futuro.

Bilderberg não é um mundo de fantasia cartesiano em que, ao longo de sucessivas gerações, são impostas intenções isoladas de indivíduos concretos em vez de processos sociais dinâmicos que actuam como factores que marcam o curso da história e a evolução das ideias. É relevante o facto de que na actualidade, as mais diversas e descabidas teorias de conspiração reflectem o estilo peculiar patológico na fantasia infantil associada ao Senhor do Anéis, A Guerra das Estrelas ou o culto de Harry Potter. Este tipo de culto expressa uma acção mental característica, que é o poder mágico da vontade actuando fora da dimensão física real do espaço-tempo.

É uma reunião de pessoas que representam uma certa ideologia. Bilderberg é um meio para reunir as  instituições financeiras mais poderosas de todo o panorama económico mundial. E hoje em dia, esta combinação de interesses é a pior inimiga da Humanidade.

Não é um Governo Mundial Único ou uma Nova Ordem Mundial como muita gente pensa erradamente. É mais concretamente, a ideologia de UMA EMPRESA MUNDIAL S.A. No ano de 1968, durante um encontro Bilderberg no Canadá, George Ball, que era então Secretário dos Assuntos Económicos com John F. Kennedy e Johnson perguntou: “Onde está a legitimidade para que directores de empresas possam tomar decisões que afectem tão profundamente a vida económica das nações perante governos cuja  responsabilidade é limitada?”
A ideia por detrás de cada encontro Bilderberg é a criação do que eles chamam A ARISTOCRACIA DO PROPÓSITO, entre elites europeias e norte-americanas com vista a controlar o planeta da melhor forma possível. Por outras palavras: a criação de uma rede global de cartéis gigantes. Mais poderosos que qualquer nação da Terra, destinados a controlar as necessidades vitais do resto da Humanidade.
O começo
O Príncipe Bernardo da Holanda era da opinião de que as graves crises económicas, como a Grande Depressão podiam ser evitadas se houvesse líderes responsáveis e influentes que pudessem encarregar-se dos acontecimentos mundiais à sombra da sua necessária postura pública. Por isso, segundo a mitologia popular, foi organizada em 1954 a primeira reunião de representantes de todo o mundo com a mesma mentalidade, de todas as áreas da sociedade: económica, política, empresarial e militar. Foram convocados no Hotel Bilderberg em Oosterbeek, Holanda nos finais de maio de 1954.
A maioria dos relatórios revelam que os membros originais puseram, à sua aliança, o nome de Clube Bilderberg devido ao hotel em que formalizaram o pacto. Contundo, George Hatonn descobriu que o  príncipe Bernardo, nascido na Alemanha e quem foi oficial da Reiter SS nazi nos inícios da década de 1930 e formou parte de uma subsidiária do grupo de inteligência, Farber Bilder. Bernardo baseou-se na sua trajectória nazi na direcção corporativa para persuadir o clube super-secreto responsável pelas políticas que se auto-intitularam Bilderberg em homenagem a Farben Bilder, como homenagem à iniciativa dos executivos da Farber de organizar o “Círculo de Amigos” de Heinrich Himmler.
família real holandesa enterrou discretamente esta parte do passado do príncipe Bernardo quando, após a guerra, se tornou no director executivo da Royal Dutch Shell, a petrolífera holandesa e britânica.
A missão desde a primera reunião foi criar uma aristocracia entre a Europa e os Estados Unidos, e como chegar a um acordo nas questões políticas, económicas e estratégicas, tudo para governarem juntos o mundo. A aliança da NATO era a sua base crucial de operações e de subversão, dado que lhes conferia o plano de fundo para os seus planos de guerra perpétua, ou pelo menos para a sua política de chantagem nuclear.
Duas das personagens mais odiadas por essa elite foram Franklin D. Roosevelt e De Gaulle. Todas as personalidades francesas que se associaram com o Clube Bilderberg, como o Primeiro Ministro Pompidou, Antoine Pinay e Guy Mollet, eram também os maiores oponentes da política nuclear de De Gaulle, conhecida como a “force de frappe”.
Qual era o motivo desta aliança?
Um dos principais objectivos do Clube consistia em submeter a soberania dos países europeus livres ao governo mundial único anglo-americano controlado por poderes financieros, usando a ameaça nuclear como bode expiatório contra o resto do mundo que se mostrava relutante. E para controlar a Europa, era fundamental eliminar o factor dissuasivo nuclear de França, inclusive se este factor era crucial para conter a ameaça nuclear soviética.
De Gaulle teve que estabelecer uma posição de força incontroversa na Europa contra a orientação de livre comércio britânico para uma nova ordem mundial imperial. Por este motivo, a França tinha que ser um dos três pilares do mundo livre, em vez de uma das colunas do templo europeu.
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Iraque
Um dos pontos-chave sobre o Iraque centrou-se no futuro da missão dos Estados Unidos no referido país, dado que os oito anos de ocupação estão a chegando ao fim. Sob o título: Que direitos temos no Iraque?, os delegados do Bilderberg debateram se o governo dos Estados Unidos, tem direito a ficar de forma definitiva nesse país. Por agora, este tema está de fora de toda a discussão, mas no futuro, previsivelmente, este assunto terá muita importância. O que preocupa a todos os envolvidos neste tema é a última página da História, o final da ocupação no Iraque. Algo que a maioria dos delegados Bilderberg não acham possível, em que condições e sobre que acordos será isto possível?.
Com um delegado americano lembrou aos seus colegas, a 1 de Outubro de 2011, toda a responsabilidade sobre a presidência dos Estados Unidos no Iraque, será transferida oficialmente do Exército dos Estados Unidos ao Departamento de Estado. Tradução: podíamos vender um bom projecto lei através da imprensa corporativa. O governo americano, não tem intenções de deixar o Iraque, inclusivo se o dito poder muda de mãos.
O que um dos participantes norte-americanos declarou poderia resumir-se à posição dos Estados Unidos com respeito ao tema do Iraque: “quando se pensa no Iraque, à que pensar em grande plano”. De facto, para compreender a posição norte-americana no país, é só necessário recordar que a Embaixada que os Estados Unidos têm em Bagdad é a maior que existe no mundo, para construí-la foi necessário quase um milhão de dólares, é comparável ao tamanho do Vaticano e visível desde o espaço.
Um delegado europeu perguntou, abertamente, se depois de oito anos de guerra, aquele esforço tinha realmente valido a pena. Com um custo para os Estados Unidos de bilhões de dólares, mais de cinco mil vidas americanas perdidas e mais de un milhão de inocentes iraquianos mortos, poucos podem duvidar do grande fracasso da missão. Com a suposta próxima transferência de poder do Departamento da Defesa dos EUA para o Departamento de Estado, alguém perguntou-se sobre o que será exactamente da missão no Iraque dos Estados Unidos a partir de 2012. Como outro Bilderberg europeu respondeu: “Isso é uma incógnita”. Os Delegados americanos apontaram para que haja um governo estável no país, como resultado de “promover as eleições democráticas”. Lembraram-se de que a razão inicial da invasão, foi a busca e eliminação de armas de destruição em massa. “A preocupação pelas suas liberdades foi uma ocorrência tardia”- disse um Bilderberg europeu. Também se falou da grande inversão necessária para restabelecer a sua fraca economia. Contudo, a maioria dos assistentes esteve de acordo em que a missão foi completamente um auto-serviço, centrado na Embaixada dos Estados Unidos que justificava assim a sua existência e custo.
Médio Oriente
Comecemos com as conclusões: Como o dinheiro para a revolução reparte-se por biliões, o futuro da grande revolução Árabe de 2011 é sombrio e triste. O clube Bilderberg, apoia plenamente a repressão draconiana e a guerra perpétua no Golfo Pérsico e estão encantados em apostar nisso através do seu aliado incondicional na região, Arábia Saudita. A guerra incluirá  todas as nações do Médio Oriente, à excepção de Israel. A Arábia Saudita não é só um sócio estratégico porque tem uma monarquia repressiva e um regime de ditadura, e por isso não devem explicações ao eleitorado, mas também porque é uma reserva estratégica de petróleo.
A instabilidade em todo o Médio Oriente permite ao Clube Bilderberg dar uma desculpa para subir o petróleo para os 150-180 dólares por barril. Isto, seria, por um lado, uma enorme pressão à Alemanha e à União Europeia, e à China e às suas aspirações políticas, por outro.
Há que ter em conta que não importa como jogemos, Bilderberg ganha sempre. No verão do ano de 2008, o crude subiu até aos 147 dólares por barril, algo que eu já tinha previsto em maio de 2005, depois de uma reunião Bilderberg em Rottach-Egern, ode se decidiu manipular os preços até ao nível referido para o verão de 2008. Por enquanto, a JP Morgan estava a avisar o governo chinês para que comprasse todo o petróleo possível, dado que os avisaram que o petróleo subiria até aos 200 dólares por barril. O que pouca gente sabe é que pelo menos 3/4 do preço do petróleo é pura especulação. Manipulação realizada pelo Índice de Matérias Primas da Goldman Sachs. Portanto, a Wall Street controla o preço do petróleo, independentemente da oferta e da procura. Estejam seguros de que tudo isto faz parte de um objectivo pelo controlo, não só do preço do petróleo mas também de todos os mercados financeiros mundiais.
Se analisarmos com cuidado, a Arábia Saudita é também responsável pelos acontecimentos no Médio Oriente. Tomemos como exemplo do Egipto, a Casa de Saud acaba de dar ao líder do Conselho Superior Militar, Mohamed Hussein Tantawi, quatro mil milhões de dólares. No Iémen, os sauditas,estão a comprar tribus com dinheiro em nome da estabilidade na Região. No Bahrein, estão a apoiar abertamente a Organização Nacional dos Direitos Humanos cujo presidente foi nomeado o rei Hamad bin Isa al-Khalifa em 2010.
Na semana seguinte, na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama recebia o Príncipe Herdeiro da Coroa do Bahrein, Salman Al-Khalifa. Por intenções estratégicas dado que, o Bahrein, rico em petróleo,é uma peça chave para os Estados Unidos, como aliado na região do Golfo que para além disso acolhe o quartel general da Quinta Frota da Marinha norte-americana.
Finalmente está a Irmandade Muçulmana, que deve ser entendida como um elemento pertencente à contra-revolução cuidadosamente orquestrada Estados Unidos-Arábia Saudita. Desde a Síria até ao Egipto, a Irmandade Muçulmana, está a trabalhar com estreita colaboração com o Conselho Militar do Egipto em consideração ao seu bom comportamento.
China
Uma grande preocupação dos bilderbergers é a entrada da China na política africana a nível supra-nacional, assim como o seu protagonismo em muitas partes do continente africano.  Durante vários anos, a China recorreu ao dito continente à procura de recursos naturais praticamente sem qualquer oposição. Agora, a Corporação Estatal de Construção e Engenharia da China (CSCEC) está a construir um complexo gigante no Quartel-General da União Africana em Addis Abeba. Se Bruxelas é a capital europeia, Addis Abeba é a recém coroada capital africana.
O Grupo Bilderberg reconheceu que as suas empresas não conseguiram competir com as empresas chinesas (do estado), porque "o preço é justo...livre". Além disso, como o Clube Bilderberg admitiu de boa vontade, a China carece da etiqueta claramente colonialista que ainda hoje contamina as relações entre a Europa e África, o que lhe confere uma vantagem “desleal” na área.
Outro aspecto que preocupa o Grupo Bilderberg é a hábil diplomacia chinesa do norte de África. Sobre o olhar, a China está a ser mais perspicaz que os Estado Unidos e os seus aliados ocidentais. Por exemplo, a visita a Pequim do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Líbia, Abdelati Obeidi, deu à China uma grande oportunidade para combater a influencia estadunidense no âmbito internacional, e melhorar a sua imagem como um amigo do mundo muçulmano. Além do mais, a China não perdeu a oportunidade de melhorar as suas relações com os novos governos do Egipto e Tunísia, depois dos seus líderes terem deixado o poder durante as revoltas recentes.
Poder económico de China.
Segundo as últimas previsões do FMI, a economia chinesa será a maior do mundo em termos reais em 2016 – somente cinco anos a partir de agora. Em termos reais, ou seja, de acordo com o termo “paridade do poder de compra” (PPP) que compara o que as pessoas ganham e gastam em termos reais das suas economias.No contexto do conflito no Médio Oriente, Iraque, Afeganistão, Irão, e a destruição da economia mundial levantaram-se grandes dúvidas sobre o dólar americano e o gigante mercado de capitais, que têm sido apoiados durante décadas por uma situação privilegiada como o passivo da potencia hegemónica mundial.
Segundo o Clube Bilderberg, qualquer que seja o próximo presidente dos EUA no próximo ano, será já o último a presidir a maior economia do mundo.
Sob as “Paridades do poder de compra” (PPP), a economia chinesa expandir-se-á desde os 11,2 bilhões de dólares este ano para 19 bilhões em 2016. Ao mesmo tempo, o tamanho da economia dos EUA aumentará de 15,2 bilhões de dólares para 18,8 bilhões. Isto indicaria que a parte correspondente aos Estados Unidos na produção mundial baixará para 17,7%, a mais baixa dos tempos modernos. A China poderá alcançar os 18%, e contínua a subir nas expectativas.
Em comparação, à apenas 10 anos, a economia dos EUA era três vezes o tamanho da economia chinesa.
Como o Grupo Bilderberg reconhece, isto é mais do que um simples ponto de vista financeiro. É o final da era da hegemonia económica dos Estados Unidos. A América superou a Grã-Bretanha como a primeira potência económica mundial na década de 80 e desde aí nunca mais parou. Há esperança neste assunto para os EUA. Para combater a invasão económica da China, aumenta-se  a petição de apoio dos países asiáticos para com os Estados Unidos.
Como admitiu um bilderberger, a ascensão da China, e o relativo declive dos Estados Unidos, a chamada “mudança de paradigma”, ou trocas revolucionárias na geopolítica, é a maior história do nosso tempo.
Irlanda
A discussão sobre a Irlanda começou com estatísticas alarmantes que nenhum dos participantes queria ouvir. Igualmente à Grécia, a Irlanda é um pesadelo económico europeu. Apesar das estatísticas oficiais do desemprego apontarem para 15%, as figuras internas do Grupo Bilderberg apontam para 21%. Para não ficar atrás das más notícias, os juros da dívida no país assumem metade de todos os impostos sobre o rendimento depois da subida dos mesmos, e a dívida continua a crescer. E mais, a dívida total é de 100% do PIB.
A dívida bancária da Irlanda fixa-se por volta dos 125 mil milhões de euros, igual à dívida fiscal do Estado irlandês, que por cortesia da parceria entre a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) se alastrou tanto à economia irlandesa como à dos contribuintes com um fardo tão grande que está para além das capacidades Irlanda para poder suportá-la.
O que é inevitável, admitiram os participantes do reunião Bilderberg, é que igualmente ao que ocorreu na Grécia, a Irlanda precisará de um segundo resgate financeiro da UE e do FMI. Outros foram ainda mais agressivos. "A União Europeia está numa cise de sobrevivência", disse um bilderberger europeu. O que parece preocupar o Clube Bilderberg é que a falta de força e vontade política está em toda a União Europeia. Como um analista financeiro do Grupo Bilderberg afirmou, "os mercados estão encurralados entre a espada e a parede. Os mercados podem fazer frente às boas notícias e às más notícias, mas o que os mercados financeiros não podem suportar, é a indecisão. E isso é o que existe em todas as frentes. Ninguém tem alguma ideia de como sair disto".
Mas, como outro Bilderberg lembrou sem rodeios aos participantes, "não é uma mas sim três as crises com que temos que lidar. Uma crise da dívida, uma crise da economia política, e uma crise política" e como o Grupo Bilderberg sabe, é impossível lidar com as três ao mesmo tempo.
O Grupo Bilderberg admitiu que os banco irlandeses estão sobrecarregados com a situação, que têm enormes dificuldades para obter fundos, enquanto que ao mesmo tempo, os bancos estão a perder dinheiro, as pessoas perderam a fé no sistema. Com a recente experiência do banco Northern Rock na Grã-Bretanha na mente de todos, os irlandeses não querem arriscar. Por agora, a imprensa oficial tem mantido esta informação em segredo, mas como o Grupo Bilderberg admitiu, "é só uma questão de tempo antes que isto expluda nas nossas caras".
Uma bilderberger irlandesa admitiu que os bancos irlandeses podiam muito bem ficar sem dinheiro antes mesmo de isso acontecer ao próprio governo.
Contudo, o que preocupa o Grupo Bilderberg é a reacção dos cidadãos irlandeses. Como um bilderberger preguntou: "Quererá a Irlanda pedir dinheiro emprestado para pagar aos titulares das obrigações do tesouro e aos bancos europeus que apostaram na altura do auge da Irlanda?
Para resolver a crescente crise, o governo Europeu está a propor uma aquisição massiva de poder como parte de um plano a longo prazo para salvar a União Europeia. Se o plano for aprovado, o governo da UE estabelecerá regras no futuro e poderá, por si mesmo monitorizar cada nação, e aquela que não cumpra as medidas ou que não esteja de acordo com as medidas draconianas aplicadas pela UE, ser-lhe-á retirado o direito de voto. Como um Bilderberg europeu admitiu abertamente, "Estamos a dirigir-nos para uma forma de um governo económico real".
Grécia
A Grécia está morta. A mensagem que saiu da reunião Bilderberg é inconfundível. Os problemas da Grécia não só revelou as falhas estruturais da Zona Euro, como também deixaram uma evidência dos problemas estruturais na economia mundial. Os funcionários do governo em todo o mundo responderam ao problema da dívida adicionando mais dívida. Por desgraça, a dívida ou a acumulação da mesma não pode resolver o problema. Isto é como o Esquema de Ponzi, como se fosse um segredo de um Casino de Las Vegas. Para manter a estrutura piramidal da quebra económica aguda, reparte-se mais e mais dinheiro por aqueles que desejam que a especulação continue.
A resposta à crise só criou uma dinâmica que iniciou o próprio começo da crise: o crédito fácil, a dívida. Historicamente, as crises financeiras costumam dar lugar a crises da dívida soberana. E as crises da dívida soberana costumam conduzir à crise cambial (da moeda) e a tempos económicos muito difíceis para o futuro.
A crise da dívida soberana está a aumentar. No ano passado, a Europa, enquanto tratava com desespero as crises dos países fracos da zona euro, desvalorizou o euro e inflacionou exageradamente a dívida para tentar para a espiral descendente. O problema tem três picos. Em primeiro lugar, os Estados Membros não podem desvalorizar a sua moeda para que as suas exportações sejam mais competitivas. Em segundo lugar, não podem levar a cabo uma política monetária expansiva. Por último, não podem exercer uma política fiscal expansiva adequada devido às restrições do crescimento da UE e do Pacto de estabilidade. Assim, como Estados-Membros, não controlam a sua política monetária, e a desvalorização da dívida torna-se na única opção. A União Europeia está, literalmente, encurralada.
Como o Clube Bilderberg admite à porta fechada, a Grécia não pode devolver o que deve aos mercados. Nunca. E não são os únicos. O ex-ministro das finanças holandês Willem Vermeend escreveu no "De Telegraaf" que "a Grécia deveria abandonar o euro", dado que nunca será capaz de pagar a sua dívida. E isso é algo que a elite Bilderberg sabe e percebe muito bem. Os dados reais do desemprego apontam para 19%. De acordo com os participantes do do FMI no Grupo Bilderberg, em 2012 prevê-se que o desemprego na Grécia supere os 25%. Bilderberg só pode rezar para que esta informação nunca chegue às primeiras páginas dos jornais. Na reunião de 2011, o grupo estava à procura de uma forma de reestruturar a dívida da Grécia, não para o benefício da Grécia, mas em benefício da elite financeira que podem até chegar a perder a camisa se a Grécia cair. Por outro lado, o incumprimento poderia desestabilizar os mercados que eventualmente eventualmente levariam atrás outros estados mais fracos da zona euro, como Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. Os funcionários do BCE citaram várias vezes o risco de turbulências dos mercados para explicar a sua oposição a uma reestruturação da dívida grega.
Uma opção para salvar as aparênciasna opción para salvar las apariencias que se barajan es un canje de deuda. A Los titulares de los bonos griegos se les ofrecería cambiarlos por bonos de más largo plazo, dando a Grecia unos años más para pagar la deuda 340 mil millones de euros. Sin embargo, para que esta opción sea operativa, los inversores privados deben estar convencidos en compartir la carga de rescate a Grecia. Si la opción de los inversores privados no funciona, Francia estaba siendo considerada como patrocinadora del canje de deuda, según fuentes de la conferencia Bilderberg.
Ao mesmo tempo, a União Europeia e o FMI estão-se a prepara para anuncias um segundo plano de resgate à Grécia, reconhecendo assim que os primeiros 110 mil milhões de euros do resgate que foram anunciados em maio de 2010 supostamente fracassaram como Atenas não cumpriu os seus objectivos de uma reforma fiscal.
Mas há outro problema em relação a uma troca de dívida voluntária. Como convencer os investidores já enganados na primeira vez para voltarem a tomar conta dela? Ao fim de contas, se Bilderberg, se sai com a sua, os contribuintes serão os que têm de enfrentar grande parte do resgate de péssimas previsões e dúvidas do governo. Um segundo resgate incluirá uma supervisão externa draconiana e sem precedentes da economia da Grécia, tanto do gasto público como do privado. Isto preocupa o Clube Bilderberg, especialmente tendo em conta os grandes protestos nacionais em todo o país que ocorreram em 2010.
O cenário da saída da Grécia do euro está agora oficialmente sobre a mesa, assim como as reformas que serão para levar a cabo. Igualmente à Islândia, as medidas de austeridade na Grécia serão submetidas a um referendo nacional – com pesquisas que informam que cerca de 85 por cento dos gregos discordam do plano de resgate bancário de austeridade. O movimento operário na Grécia sempre foi forte, e com a crise da dívida vem-se radicalizando cada vez mais. Portanto, a questão para a elite do Grupo Bilderberg, é como desfazer-se da Grécia, ao mesmo tempo que os ajudam a sair da depressão.
Perante a ameaça de retirar o apoio aos bancos nos países como a Grécia regonociam-se as suas dívidas, o BCE está praticamente a incentivar o pânico bancário e a forçar o país a sair da União. Na Grécia, mais do 85% dos cidadãos gregos estão contra as reformas propostas.
Paquistão
A China é a nova maior amiga do Paquistão. Trata-se de uma mudança geopolítica importante. A consequência foi a decisão imediata, por parte da Administração Obama, a aprovação de tácticas agressivas contra o Paquistão, entre elas, o uso pela primeira vez de armas nucleares por parte da NATO para evitar o seu possível uso por terroristas ou Estado vilões. De acordo com o London Sunday Express: "As tropas dos EUA irão-se implantar no Paquistão se as instalações nucleares do país estiverem sob a ameaça de terroristas para vingar a morte de Osama bin Laden ... Barack Oba,a ordenaria às tropas pára-quedistas para protegerem os principais enclaves de mísseis nucleares Estas incluem a Força Aérea cujo quartel-general se encontra situado e, Sargodha, base de operações para os aviões F-16 de combate com capacidade nuclear e com pelo menos 80 mísseis balísticos". Entrar na China. O aviso da China foi reiterado na conferência Bilderberg por um delegado chinês convidado pela primeira vez: o ataque planeado do Governo dos Estados Unidos no Paquistão será interpretado como um acto de agressão contra Pequim. Os riscos são talvez tão elevados como os que ainda estão a lidar com dificuldade  tanto dos Estados Unidos do período pós-Guerra Fria como o Grupo Bilderberg no Paquistão.
Como declarou um delegado europeu: “Os EUA são a nação mais poderosa do mundo, mas não é mais poderosa que o mundo". Todos estiveram de acordo no grave perigo de uma guerra geral que se desenvolveria a partir da confrontação entre os EUA e o Paquistão.
Do ponto de vista geopolítico, o governo dos Estados Unidos está preocupado com o protagonismo crescente da China na região. A China construiu um porto para o Paquistão em Gwadar, que está perto do Estreito de Ormuz. Os participantes dos EUA manifestaram a sua preocupação de que o porto poderia tornar-se numa base naval chinesa no Mar Arábico. Obviamente, tudo isto afecta a Índia, a nova melhor amiga dos Estados Unidos na região. Temos assim todos os ingredientes para uma perfeita tempestade: Um Estados Unidos nuclear apoiando com 1,2 mil milhões a Potência Nuclear Índia contra o seu inimigo de morte: um Paquistão nuclear e como nova melhor amiga, a China, uma potência nuclear de 1,4 mil milhões.
A tentativa do Grupo Bilderberg criar condições para um confronto entre a China e a Índia tem a Rússia como um dos seus principais intervenientes. Com a Rússia e a China a trabalhar diligentemente para alcançar a paz na Líbia, em ordem, como reconhecido pelo Clube Bilderberg para reduzir a influência das potências ocidentais, e assegurar o fornecimento de petróleo à China desde a Líbia.
Resta saber, até que ponto se poderá alcançar uma acordo sobre o assunto entre os participantes do Grupo Bilderberg, mas o cenário para os EUA é facilmente identificado. Para combater eficazmente o duopólio entre a China e o Paquistão, Washington irá procurar uma forma de manobrar-se de todos os confrontos utilizando a Índia para fazer a sua oferta. No momento em que a Índia e a China se derem conta de que foram um objecto e utilizadas para a sua destruição mútua por parte dos Estados Unidos, será demasiado tarde para voltar atrás sem perderem o prestígio. 
Novamente, o segredo para perceber o confronto entra a Índia e a China é a Rússia e o seu futuro papel de um Governo Mundial - Empresa Única Global S.A.. Até que a Rússia não esteja subjugada, o Clube Bilderberg e os seus apoiantes não poderão de maneira alguma albergar a esperança de um conrolo completo do mundo. Ao eliminar as duas super-potências da Ásia, a Rússia ficaria sozinha, rodeada por bases de mísseis dos EUA e isolada da Europa pela NATO, que agora inclui as ex-repúblicas soviéticas, na sua maioria opositoras à Russía. Além disso, como planeou o Clube Bilderberg, uma degradação cultural deixou uma grande percentagem da juventude russa a admirar os EUA pela sua "liberdade" como um forte ponto a favor contra os excessos do Estado russo "autoritário", que foram vendidos pela imprensa ocidental como uma mera continuação do antigo sistema soviético.
Com a Rússia eliminada, os EUA centrarão as suas forças armadas na América do Sul. Chávez será derrotado, tal como os seus aliados, no Equador e na Bolívia.
Contudo, o Paquistão é só uma parte das várias zonas estratégicas na Ásia implementadas pelo governo dos EUA e o Grupo Bilderberg. Em 2002, um dos temas principais que se discutiram na conferência de Chantilly nesse ano, foi como é que o Grupo Bilderberg elaboraria um plano para uma guerra de 10 anos para acabar com o terrorismo, com a participação tanto de iniciativas militares e diplomáticas. Com o tempo passou a ser conhecida como a "Operação Águia Nobre".
De facto, O Clube Bilderberg entende que o que está a acontecer é resultado de um processo evolutivo que conduz a uma guerra sem fim. A Ásia é uma das áreas de operações. O Médio Oriente e o Magrebe é  o outro.
Economía
Se tivéssemos que viver no mundo real, o título que melhor descreveria a situação financeira actual seria: "O final está perto. Estamos no meio de uma crise económica financeira." Para os altos financeiros do Grupo Bilderberg o problema é como adiar os defaults o mais tempo tempo possível – e então resgatar, deixando os governos. ("Contribuintes") na mão, levando-os a assumir as obrigações dos devedores em insolvência. Com uma enorme rejeição da população mundial contra, o truque consiste em substituir as políticas democráticas.
E como o Grupo Bilderberg está de acordo, para que isto aconteça, a política económica deve ser transferida desde os órgãos do governo eleito para aquele formado por planeadores financeiros, fazendo com que a economia dependa totalmente deles, com o endividamento público criando um grande risco de um mercado para empréstimos a juros. Isto explica o que George Ball, que era então Secretário dos Assuntos Económicos com John F. Kennedy e Johnson, no ano de 1968, perguntou: “Onde está a legitimidade para que directores de empresas possam tomar decisões que afectem tão profundamente a vida económica das nações perante governos cuja  responsabilidade é limitada?”
É assim que a oligarquia financeira substitui a Democracia. O papel do Banco Central Europeu, o FMI, o Banco Mundial, o Banco de Compensações Internacionais, a Reserva Federal e outros organismos de supervisão financeira foram criados para assegurar que os banqueiros sejam pagos.
O mundo actual está comandado mediante os sistemas monetários, não sistemas de crédito nacionais. Se formos inteligentes não quereremos que o mundo seja governado por um sistema monetário. Interessa-nos existirem nações-estado a funcionar com os seus próprios sistemas de crédito, que sejam sistemas de crédito baseados nas suas próprias moedas. Deve-se apontar aqui que a possibilidade da criação de um crédito produtivo, não inflacionista, pelo Estado, como um ponto que está expressamente declarado na Constituição Americana e foi excluído por Maastricht como um método para determinar a política económica e financeira.
Ora bem, na Europa isso não se pode fazer porque os governos ficam sujeitos ao controlo dos interesses bancários privados designados por sistemas bancários independentes. Estas instituições têm o poder para regular e de impor as regras ao governo. Pensemos nessa Instituição que na Europa se chama BCE. Tenta funcionar como um Banco Central Europeu independente que não têm ninguém a chefiar. Não à nenhum governo. Não há nenhuma nação. Trata-se de um grupo de nações que funcionam sob as ordens de um banco central privado.
A suposta "independência" do Banco Central é um mecanismo de controlo decisivo a favor dos interesses financeiros privados, o quais foram criados historicamente na Europa como um instrumento autoritário a usar contra uma política económica baseada nas Nações-Estado orientadas para o bem-estar geral. A banca europeia é um vestígio da sociedade feudal na qual os interesses privados, tipicamente representados pelos antigos cartéis ou pela Liga Lombarda que se extinguiram Idade das Trevas do século XIV.
Conclusão
O que temos hoje não é uma crise de liquidez, mas sim uma crise de insolvência. Os Estados Unidos têm uma dívida actual de 14,3 biliões de dólares. Além disso, o governo acumula um défice de um bilião de dólares pelo terceiro ano consecutivo, algo que nenhum outro país na História da Humanidade tenha tido anteriormente. Está confirmada uma dupla caída no mercado imobiliário com uma queda dos preços superior ao sucedido durante a Grande Depressão. E uma recente refinanciação sobre os activos dos bancos, com empresas como Bank of America e Citigroup a renunciar até ao último cêntimo dos ganhos obtidos nos últimos anos. Mas não se trata só do Bank of America e Citigroup, é cada institução financiera nos Estados Unidos. Desde Wells Fargo e JP Morgan Chase e mais além, o sistema está  provocar uma implosão: os bancos, os mercados financieros, os mercados de títulos, os mercados da habitação. E agora, podemos juntar aos Estados Unidos à lista de nacões em falência. O dólar americano perdeu 12% do seu valor num ano. E a China, pela primera vez, tornou-se num vendedor dos títulos dos EUA. Isto significa que a bolha dos títulos americanos está quase a explodir e quando isso aconteça, ficará com um assento na primeira fila e desfrutará dos fogos-de-artifício. Isto só acontece uma vez na vida.
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O Grupo de Bilderberg não é um fim mas sim um meio para um futuro Governo Mundial. Esta organização cresceu para além dos seus objectivos secretos iniciais para tornar-se num cúmplice-chave na tomada de decisões da elite. O objectivo final deste grupo no futuro é transformar a Terra num planeta-prisão para conseguir um mercado único globalizado, controlado por uma Única Empresa Mundial, financeiramente regulado por um Banco Mundial e habitado por uma população silenciada cujas necessidades vitais serão reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, fazer sexo e dormir. Tudo ligado a um computador global que controla os nossos movimentos. E está a ser cada vez mais fácil graças ao desenvolvimento das tecnologias das telecomunicações, que, em conjunto com os avanços profundos no conhecimento actual e com novos métodos de engenharia do comportamento para manipular a conduta individual, estão a tornar no que noutras épocas da História eram só intenções diabólicas numa preocupante nova realidade. Cada nova medida vista por si mesma poderia parecer uma aberração, mas um conjunto de transformações dos mais variados tipos, como parte de um desenvolvimento contínuo, constitui uma mudança para a escravidão total.
E à medida que observamos como o mundo se afunda no inferno, encontramo-nos a nós próprios no meio de uma encruzilhada. O caminho que tomarmos determinará muito do futuro da Humanidade e se nos transformaremos num estado policial electrónico global ou se continuaremos a ser ser humanos livres. Lembra-te, não é uma tarefa de Deus devolvermos a Nova Era Negra, é  uma tarefa nossa. Um homem prevenido vale por dois. Nunca encontraremos as respostas correctas se não formularmos as perguntas adequadas.


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