"Seja a mudança que você deseja ver no mundo." - Mahatma Gandhi

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Clube Bilderberg


O Clube Bilderberg é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados. São eles, personalidades influentes no mundo empresarial, académico, mediático ou político. Devido ao facto das discussões entre as personalidades públicas oficiais e líderes empresariais (além de outros) não serem registadas, estes encontros anuais são alvo de muitas críticas (por passar por cima do processo democrático de discussão de temas sociais aberta e publicamente). O grupo de elite encontra-se anualmente, em segredo, em hotéis cinco estrelas reservados espalhados pelo mundo, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido no Estados Unidos e Canadá. Existe um escritório em Leiden, nos Países Baixos.


O nome "Bilderberg" vem do que é geralmente reconhecido como o local em que ocorreu a primeira reunião oficial em 1954 - o Hotel de Bilderberg em Oosterbeek, perto de Arnhemia na Holanda. Embora a conferência não seja considerada um grupo de tipo algum, muitos participantes são frequentadores regulares, e os convidados são frequentemente referenciados como pertencentes a um secreto Grupo de Bilderberg.


A primeira conferência Bilderberg sediou-se no Hotel de Bilderberg de 29 de maio a 30 de maio de 1954. A ideia da reunião foi dada pelo emigrante polaco e conselheiro político, Joseph Ratinger. Preocupado com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, ele propôs uma conferência internacional em que líderes de países europeus e dos Estados Unidos se pudessem reunir com o propósito de promover a discussão crítica entre as culturas dos Estados Unidos e Europa Ocidental. Retinger aproximou-se do Príncipe Bernard da Holanda que concordou em promover a ideia, em conjunto com o primeiro-ministro belga Paul Van Zeeland. O propósito declarado do Grupo Bilderberg foi estabelecer uma linha política comum entre os Estados Unidos e a Europa Ocidental. O economista holandês Ernst van der Beugel se tornou secretário permanente em 1960, após a morte de Retinger. Príncipe Bernardo continuou a ser o presidente das conferências até 1976, ano em que se envolveu no escândalo da Lockheed, que consistiu no envolvimento em processos relativos a recebimento de suborno para favorecer a empresa norte-americana em contratos de compra dos jatos F-104 Starfighter em detrimento dos Mirage 5. Não houve conferência naquele ano, mas os encontros voltaram a ocorrer em 1977, quando Alec Douglas-Home, ex-primeiro-ministro britânico, assumiu a presidência. Na sequência, Walter Scheel, ex-presidente da Alemanha, Eric Roll, ex-presidente do banco SG Warburg e Lord Carrington, ex-secretário-geral da NATO.


A cada ano, um "comitê executivo" recolhe uma lista com um máximo de 100 nomes com possíveis candidatos. Os convites são enviados somente a residentes da Europa e América do Norte. A localização da reunião anual não é secreta, e a agenda e a lista de participantes são facilmente encontradas pelo público, mas os temas das reuniões são mantidos em segredo e os participantes assumem um compromisso de não divulgar o que foi discutido. A alegação oficial do Clube Bilderberg é de que o sigilo previniria que os temas discutidos, e a respectiva vinculação das declarações a cada membro participante, estariam a salvo da manipulação pelos principais órgãos de imprensa e do repúdio generalizado que seria causado na população. Algumas teorias dizem que o Clube Bilderberg tem o propósito de criar um governo totalitário mundial.


A alegada justificação do grupo pelo sigilo é que isso permite que os participantes falem livremente sem a necessidade de ponderar cuidadosamente como cada palavra poderia ser interpretada pelos órgãos de comunicação de massa. Alguns, entretanto, consideram a natureza elitista e secreta das reuniões como antiético em relação aos princípios da inclusão em sociedades democráticas.


Participantes do Bilderberg são membros de bancos centrais, especialistas em defesa, barões da imprensa de massa, ministros de governo, primeiros-ministros, membros de famílias reais, economistas internacionais e líderes políticos da Europa e da América do Norte. Alguns dos líderes financeiros e estrategistas de política externa do Ocidente participam do Bilderberg. Donald Rumsfeld é um Bilderberger activo, assim como Peter Sutherland, da Irlanda, um ex-comissário da União Europeia e presidente do Goldman Sachs e British Petroleum. Rumsfeld e Sutherland compareceram em conjunto em 2000 na câmara da companhia de energia suíço-sueca ABB. O político e professor universitário Jorge Braga de Macedo e Francisco Pinto Balsemão são dois exemplos portugueses. O ex-secretário de defesa dos Estados Unidos e atual presidente do Banco Mundial Paul Wolfowitz também é um membro, assim como David Rockefeller, o mais voraz globalista actual, o "dinossauro globalista".


Reportagem da cadeia de televisão Russia Today:

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